segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Detesto o Carnaval e nem sei porquê!

É mesmo assim: detesto Carnaval e nem sei porquê. E como não sei, mais não digo.
Esta é uma daquelas coisas simples, ou se gosta ou não, e pronto, eu sou do não.
Mas se gostasse não havia de me vestir (ou despir) de coisíssima nenhuma, se nada me fica bem, como é que um fato qualquer a imitar uma coisa qualquer vai ficar?

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Obrigado Sr. Deus!

Hoje estou muito contente com Deus!
Sempre ouvi aquele provérbio "Deus escreve direito por linhas tortas", mas só hoje é que percebi verdadeiramente o sentido desta demonstração de sabedoria popular!
Tudo começou por sair de casa para o trabalho um pouco mais tarde do que gostaria (não interessa o porquê, nem é para aqui chamado - mas garanto que não foi culpa minha!), mas não pensem que vim a "abrir" por aí fora, não. Vim na minha velocidade, até porque atrasada por atrasada, pelo menos chego em segurança.
Ora nisto, deparo-me com uma fila imensa nos semáforos à entrada de Santarém. Mais uma vez, fiquei calma e serena, não vale a pena "esbaforar", até porque estamos todos metidos na mesma alhada, não é verdade? Assim que consegui sair daquela salganhada comecei à procura de um buraquinho para enfiar o carro. Neste aspecto também não sou muito exigente: sei que há sempre algum, nem que seja mais longe, portanto, não me preocupo. A única vantagem para quem chega mais cedo é que fica com os que estão estão mais perto, claro.
Mas, por acaso, até havia por ali um destes e apressei-me a encostar um pouco mais à frente com a devida sinalização "pisca-pisca". Devo explicar que me dou ao trabalho de fazer esta manobra toda para poder estacionar o carro "de rabo", de forma a ficar com a frente virada para a estrada e prontinho a sair. E também devo dizer que só o faço quando não tenho mais automóveis atrás de mim; sim, porque eu não sou nenhuma empata!
Ora quando já tenho a marcha-a-trás engatada e preparo-me para estacionar, vejo um nissan micra a ocupar o meu lugar! Por momentos até pensei que estava num filme qualquer, do género drama-comédia, se bem que neste caso a parte dramática superava em muito a cómica. E... buzinei, é claro! E embora saiba que fora do carro ninguém me houve pus-me a dizer "deves estar a gozar, não?". A senhora (a condutora do micra) também lá fez uns gestos a querer dizer que já estava de olho no lugar antes, e lá resolvi estacionar mais à frente e vir pedir satisfações cara-a-cara.
É que, no sitío onde eu tirei a carta, aprende-se que assinala-se a intenção de estacionar com os "pisca-pisca", e não a piscar o olho ao lugar que deve ter sido isso que a outra senhora fez!
Estaciono. Pego nas coisas (leia-se mala, chapeú-de-chuva e marmita) e saio rapidamente no encalço da "porca". Vejo-a ao longe. Infelizmente troxe umas botas que ironicamente são as mais apropriadas para a chuva, mas que escorregam que nem sabrinas no passeio molhado. Assim nunca mais a consigo alcançar, bolas! Entretanto, passam-me pela cabeça todo o tipo de coisinhas que eu gostaria que acontecesse: um peneu furado, um risco no carro, uma multa... esse tipo de pensamentos ignóbeis que eu sei que no fundo seria incapaz de desejar verdadeiramente a quem quer que fosse.
E de repente... começa a chover... daqueles pingos grossos!
Saco do meu chapéu-de-chuva pouco satisfeita, mas quando olho em frente, oh alegria das alegrias!, a "porca" vai à chuva!
E assim se desfez toda a vontade de fazer justiça pelas minhas próprias palavras!
Nunca senti tanto o oportunismo do acaso como desta vez.
Obrigado Sr. Deus!