segunda-feira, 20 de abril de 2009

"Please, someone shoot me in the head!"

À primeira vista pode parecer um mero pensamento suicída, mas na verdade é muito mais que isso. Esta frase (mesmo assim, em inglês) ocorre-me sempre que chego ao final de mais um fim-de-semana. E não, não se trata de nenhum grito de desepero por esse ter chegado ao fim e ter que ir trabalhar no dia seguinte, mas porque os meus fins-de-semana são tão estupidamente (mal-)passados que mais valia mesmo que alguém terminasse com o meu "sofrimento".
Não no sentido prático da coisa, claro, mas no abstracto ia dar-me muito jeito.
Já que não tenho a vida que quero, já que não vivo a vida, ao menos que me deixem pensar em nada. Acordar tarde e ficar a estupidificar (no bom sentido) até ficar podre de sono e só querer fechar os olhos. Os sonhos tratam do resto.
Há alturas em que gostava mesmo de ser surda...

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Culpas no Cartório

Esse comentário sobre o Carnaval ter culpas no cartório dá que pensar...
Não passamos parte da nossa vida a querer/ desejar sermos algo que não somos? Por vezes ponho-me a pensar onde, algures na minha vida, fiz a escolha errada e chego à conclusão que devem ter sido várias as "más" escolhas. Não que me sinta uma desgraçada, mas também não me sinto a pessoa mais afortunada do mundo.
Uma pessoa vive feliz com as sua pequenas coisas - um livro, um filme, um fechar os olhos e deixar passar o tempo - mas um dia descobre que já não consegue viver das pequenas coisas e que quer algo mais! Mas se calhar esse algo já ficou lá para trás e nós nem o vimos passar! E agora?
E agora culpamos o nosso "faz-de-conta" que quero ser isto, aquilo e aquele outro. Como na vida (real) não consigo ser nenhuma dessas coisas, continuo a fazer-de-conta que sou mais alguma coisa na vida (imaginária). E assim passa a vida (real)!
Eu devia era fugir daqui (na vida real) e ir começar (a minha vida imaginária) algures bem longe desta vida (real + imaginária)!
Alguém sabe como?