quinta-feira, 27 de março de 2008

E não votei PS!

E lá baixaram a Taxa de IVA.
Não quero entraram em discussões sobre se isto é bom, se é mau ou se mal se nota, e muito menos tentar perceber quem é que vai ganhar 1% no meio de isto tudo. O que me chateia é o facilitismo de discurso da oposição, que não sabe fazer mais que criticar.
Cometem precisamente o mesmo erro que serve de acusação ao governo: o de ir ao sabor da maré. Se o governo tem feito aquilo que se espera de um governo pós-eleitoral (subir impostos) e de um governo pré-eleitoral (baixar impostos), também a oposição tem feito aquilo que se espera de uma oposição... o dizer mal, seja daquilo que esteja mau, seja daquilo que esteja mais-ou-menos (bom nunca está!). Ora se a oposição acusa o governo de falta de coerência, só posso dizer que toda a oposição ainda menos coerência tem, porque o governo ainda tem a desculpa do desconhecimento do valor do défice na altura em que, perante proposta de vários partidos para baixar os impostos, recusou ir por esse caminho acrescentando a total falta de responsabilidade que seria.
E que desculpa têm os partidos para mudar de opinião de lá para cá? Há um mês o governo não queria baixar os impostos, e toda a oposição veio dizer que havia condições para baixar impostos e que seria uma carga fiscal enorme a sair dos ombros dos contribuintes, agora que o governo decidiu baixar 1% dizem que o governo só baixou por puro populismo. E já se esqueceram do que disseram quando o IVA passou de 19% para 21%? Que este acréscimo era insopurtável e blá blá blá? Agora 1 ponto percentual já não faz diferença?
Posso dizer que estou descontente com este governo, mas também posso dizer que não estou mais contente com a oposição. Chaga a ser irritante!
E não votei PS!

quarta-feira, 26 de março de 2008

E vimo-nos gregos...

Portugal vai jogar novamente com a Grécia, desta vez sem contar nada para coisa nenhuma. Mas conta muito no nosso orgulho! Então vem uma equipa que não joga um carapau, está sempre à defesa, no Euro jogou sempre encolhida, e zunga, toma lá disto que já vos lixámos, ó portuguesinhos dum raio!
Podem dizer "mas a Itália também joga à defesa e, para além de ser a campeã mundial, ninguém lhes põe o mérito em causa". Pois é, mas a Itália joga! Joga de igual para igual, dá a posse de bola ao adversário, é certo, mas nunca entrega o controlo do jogo. A Grécia joga sem saber muito bem o que esperar... ou melhor, joga à espera de cair nas boas graças dos deuses do Olimpo.
Eu até não sou das que ficam a remoer no final dos jogos, se ganhou muito bem, se não ganhou muito bem também e ainda tenho a satisfação de lhes chamar "tótós" umas quantas vezes. Mas bolas, acho que nunca mais descansamos enquanto Portugal não der uma daquelas "abadas" nestes gregos, de preferência sem caneladas pelo meio... hummm... isto faz-me lembrar que de facto, se há jogo em que somos bons é no do "atira para o chão a ver se marcam falta" e no "toma lá canelada que agora ninguém está a ver", jogos que dão sempre direito a cartões vermelhos pelo meio. Está bem, talvez pedir uma vitória esmagadora seja demais, seja... só peço que não se deixem enrolar na história dos gregos novamente!... Eles também já vão merecendo um cavalo de Tróia!

terça-feira, 18 de março de 2008

Jardim no oceano plantado (e ninguém o arranca)

O Alberto João faz 30 anos de governo regional, ou antes, de poder, porque a acção deste laranjinha a puxar para a cruz suástica já ultrapassa em muito os princípios de governabilidade democrática. E não consigo deixar de pensar que haverá uma relação directa entre este facto e o "ranking" do turismo sustentável estabelecido pela National Geographic Traveler, em que esta coloca os Açores em 2.º lugar enquanto a Madeira fica muito distante dos lugares cimeiros.
Ninguém me consegue convencer que esta revista não tomou em consideração o regime político existente nos várias destinos a concurso.
Ora vejamos, até para nós, portugueses do "contenente", é fácil de perceber essa preferência. Alguém se lembra de quem é o governador regional dos Açores? Eu, por exemplo, nem consigo lembrar-me se neste momento se é rosa ou laranja. O arquipélago dos Açores é um mundo, em todos os aspectos, por descobrir! Ao passo que, quando nos falam da Madeira... enfim... lá vêm memórias várias, sempre com esse semhor em grande plano. Uma pessoa perde logo a vontade...
Será só imbirração minha?

segunda-feira, 17 de março de 2008

Intimicies

«Qual a capital de Espanha, começada por "M"?»
Existem pormenores nas nossas relações com os outros que definem por si o grau de intimidade que cada uma dessas relações atinge. Talvez intimidade não seja o termo mais correcto, podemos falar de à vontade ou cumplicidade, os critérios aqui podem divergir, desde que não nos afastemos da ideia.
A questão que coloquei acima é uma das tais que sei que apenas uma pessoa (excepto o autor e alguns ouvintes mais atentos da piada e com um sentido de humor muito semelhante ao meu, o que não é fácil, até porque o meu sentido de humor é estupidamente errático) poderia responder acertadamente. E isso faz-me sentir mais próxima dessa pessoa, nesse momento, do que em qualquer outra altura. Deixem-se dessas coisas do "estar quando é preciso" e do "acompanhar nos momentos difíceis". Não há nada mais reconfortante do que a sensação de que nos comprendem no momento mais aparvalhado da nossa existência! Saber que aquele pequeno pormenor foi partilhado com alguém que valoriza aquele não sei o quê desprovido de sentido, mas que inunda todos os sentidos.
«Resposta: "Marcelona!"»

sexta-feira, 14 de março de 2008

"Debut"

No outro dia pensei... minto, já por várias vezes dei comigo a pensar... enfim, penso muitas vezes se terei alguma espécie de "debut". Sei lá, algo esplendoroso que tivesse servido como introdução a algo continuado ainda mais esplendoroso. Em resumo, será que já fiz algo de que me posso verdadeiramente orgulhar?
Há falta de algo melhor, acabo sempre por tentar me virar para a minha capacidade "estundantil". Acabei um curso, é certo, mas para além disso não ser nada de extraordinário (há milhares de pessoas que acabam um curso e com melhor prestação que a minha), isso também não me serviu de introdução a nada.
Como é óbvio, nunca fiz nada que merece-se a calatogação de "debut". Mas bolas, tem que haver algo de especial! O que é que há em mim de tão singular que me torne única?
Sei que sou extremamente exigente (leia-se refilona) com os outros, mas que eu saiba essa "capacidade de embirrar por tudo e por nada" não serve de pré-requisito para nenhuma actividade e muito menos para se ser alguém na vida.
Há algo de que realmente me orgulho: o ser confiável. Sou um verdadeiro "poço sem fundo!". Mas de que me poderia servir isso na vida? Quanto muito, poderiam tranformar-me num género base de dados secreta móvel do FBI ou coisa parecida, mas depois ia a ter à perna as Al-Qaedas e afins, e eu, à miníma ameaça de tortura, tornava-me uma desbocada!
Também já tentei enverdar pela carreira artística, acabei mesmo por comprar uma viola e apetrechos necessários para me tornar uma "song-writer", com tiques de filósofa. Ainda estou para ganhar calos nos dedos...
Talvez pensar num "debut" seja demasiado para quem leva uma vida simplória como a minha... vou continuar à espera...

quinta-feira, 13 de março de 2008

Viver com que espírito?

A todos nós nos espera esta difícil tarefa: viver.
E já lá dizia o outro (se não era o James Dean, era um com espírito de James Dean com certeza), que o que interessa é como se vive e não o tempo que vivemos. Mas para isso (viver a vida!) será necessário ter um certo espírito, não?... digo eu...
Aquele espírito de quem nada teme e, sobretudo nos dias que correm, nada deve. Um espírito que nos obriga a acordar com o optimismo doentio de que tudo neste dia irá correr bem.
A mim, só me apetecia dormir até não haver amanhã, o que, segundo dizem, não deve faltar muito... portanto, o melhor que há a fazer é começar a dormir já! Assim, enquanto toda a gente anda à procura da felicidade ou seja lá o que for que temos que fazer na vida para nos sentirmos realizados (porque se não houver realização pessoal, profissional, social, cultural, sexual - esta é que acaba comigo - e já agora familiar, porque a família é tudo, somos uns coitadinhos), já eu estou no zénite espiritual (é verdade, também temos que nos realizar espiritualmente!!!!).
E eu iria perder todas as coisas boas na vida por isso? Claro! O cérebro humano, graças a Deus (ou talvez não) é estupendo, e o meu graças a Deus (ou talvez não) é muito fértil em imaginação. Não me admiro nada que ele (o cérebro e não o Deus) me proporcionasse umas belas imagens, do género três pôres-do-sol ao mesmo tempo, ou que me apresentasse ao arcanjo S. Miguel mais o seu séquito de anjinhos assexuados, ou uma coisa do género. E não tenho dúvidas que o meu cérebro iria providenciar descarcagas de serotonina em super-doses para me sentir muito feliz!
Melhor Happy Ending que este não há!