quinta-feira, 25 de setembro de 2008

E quando tudo recomeça...

Ora aí está um novo ano de aulas a começar, o ritmo do horário a comandar as tarefas e as vidas no dia-a-dia. Não para mim, que já deixei a escola faz tempo, mas para alguns que conheço tento imaginar como estarão a sentir-se, baseada nas minhas próprias recordações. Sempre foi com muita alegria que fazia o regresso aos amigos, com alguma dificuldade em despachar-me a horas é verdade, mas sempre com vontade de estar presente e de aprender mais. Com a curiosidade de perceber se aquele 'stor' ia ser fixe, se as matérias seriam fáceis e se as notas iriam corresponder ao esforço realizado. Tanta expectativa, tanta dúvida misturada com o gosto do novo ciclo, novo ano...
Ainda hoje me fascinam estes 'novos' começos, porque acredito que temos sempre novos caminhos, novas matérias e assuntos para aprender...Mas agora tento aprender por dentro, tarefa que não tem sido fácil, mas que também me causa as mesmas expectativas...Onde posso chegar...Até onde posso ir...

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Sob(re) rodas

Acho que mais tarde ou mais cedo vou ter que pôr o automóvel de parte. Nem que seja quando ele "der o berro". Mas a verdade é que vejo cada vez com melhores olhos essa perspectiva.
Ainda antes desta escalada, puramente especulativa diga-se de passagem, do preço do petróleo, já eu pensava que seria melhor opção para mim e para o ambiente (e consequantemente para os outros!!!) deixar o carro à porta de casa. Pelo menos durante a semana. A alternativa seria ir para o trabalho usando o transporte colectivo e as perninhas.
As perninhas já estão habituadas a andar para lá e para cá, e nunca se queixam. O cérebro e o coração agradecem porque deixo alguns minutos de stress de filas, semáforos, manobras perigosas e "velhos de boina" para trás.
O problema são os transportes. Ainda não estou totalmente convencida que, aqui para estes lados, sejam muito eficientes. E, para além disso, ainda não percebi muito bem se vêm a aborrotar de miúdos aos gritos, se esvaziados de pessoas trabalhadoras que querem aproveitar aqueles últimos minutos de descanso antes de começar o dia de trabalho.
Mas hei-de descobrir e, quem sabe, decidir-me de vez!
Todos tinhamos a ganhar com o maior uso de transportes colectivos, não era?
Pois era. O problema é que toda a gente pensa sempre que ela/ele não precisa...

terça-feira, 27 de maio de 2008

O que podemos nós fazer pelos outros

A cada dia que passo tenho mais certezas quanto ao nível de egoísmo que conseguimos alcançar actualmente, que é "um bocado muito elevado".
Todos os dias tenho exemplos disso... a começar pela vizinhança. Apesar de fazer um esforço enorme por não conhecer vizinhos nenhuns (acho que fiquei traumatizada com os vários vizinhos que fui tendo ao longo da vida), infelizmente lá tenho conhecido um ou outro. Infelizmente porque são daqueles vizinhos que deixam as luzes das escadas acesas durante horas, ou deixam a porta da rua aberta, ou que usam o elevador para descer do primeiro andar para o rés-do-chão, ou que limpam as botas aos degraus das escadas... mas enfim, talvez isto seja só puro desleixo, e não tanto egoísmo.
Não, egoísmo é quando uma pessoa deixa o carro estacionado em cima do passeio para ir levantar dinheiro à caixa de multibanco do outro lado da rua; egoísmo é deitar a beata para o chão quando se tem um caixote do lixo a 20 metros; egoísmo é estacionar o carro o mais próximo da porta sem se importar que existem pessoas com dificuldades que necessitam desse espaço; egoísmo é não parar na passadeira porque a pessoa que está à espera é demasiado velha para pôr lá o pé sem ter a certeza que consegue tirá-lo se a coisa correr mal; egoísmo é ter que deixar o carro no local mais próximo do trabalho, mesmo que isso signifique mais 10 minutos de filas, em alternativa a 5 minutos a pé; egoísmo é pôr a máquina de lavar a funcionar de madrugada; egoísmo é deixar os filhos berrar e chamar nomes aos que passam porque até acham piada...
Desisto de pensar nos outros.

quarta-feira, 21 de maio de 2008


Sem (pre)juizos de valor!!!
(Vá a Bollywood sem sair de casa)

terça-feira, 22 de abril de 2008

Memória selectiva

Lembrar-me do tempo que fez nos meses passados é o mesmo que lembrar-me dos resultados dos jogos de futebol. Não faço ideia porque me veio esta frase à cabeça, mas foi mesmo assim.
A única semelhança entre as duas situações é que o resultado é o mesmo: não me consigo lembrar. Bem sei que a minha memória já não é o que era e quero eu acreditar que é assim por ela ser "muito selectiva". Não sabendo bem o que isto significa, faz-me sentir muito melhor comigo mesma.
Isto tudo porque no outro dia li algures que o nosso País estava a atravessar, em algumas regiões, uma seca severa. E pensei: como seca severa, se chove há dias? Ao que, pensando eu que estava a fazer mais uma das minhas brilhantes deduções críticas, exprimi esta ideia em voz alta. A resposta da minha mãe (a única que ainda me vai ouvindo a mandar postas de pescada a tudo quanto aparece no noticiário) foi pronta: "mas no Outono e no Inverno não choveu nada!"
Não?!
E eu que ía jurar que choveu dias seguidos durante tempos e tempos! Lembro-me daqueles dias em que fez 30ºC, claro, mas fora isso... não esteve sempre a chover?
E foi aí que fiz aquela comparação maravilhosa com os jogos de futebol. Talvez porque nessa semana aconteceram dois clássicos do nosso campeonato, e toda a gente desatou a falar dos 6-3, e dos 7-1... a verdade é que não consigo lembrar-me sequer dos resultados do clássicos já jogados esta temporada, cá quanto mais de há não sei quantos anos!
A memória só quer saber mesmo daquilo que lhe interessa!... só ainda não descobri de quê...

quinta-feira, 17 de abril de 2008

À descoberta da Deolinda

E para quem se questionou o que iria eu fazer tantas vezes a Lisboa, aqui fica uma amostra... infelizmente aqui pela província a oferta é muito menor e os espaços a descobrir em menor número.
Desta vez fui conhecer os Deolinda. Foi a primeira vez que os vi ao vivo e, apesar de toda a gente ser unânime em classificar o som como péssimo e o local como pouco intimista (Casino de Lisboa), fiquei com a certeza que estamos a assistir ao nascimento de mais um grupo que pode trazer algo de novo.
A vocalista tem a presença e atitude que se vêm (o vídeo é de uma actuação nos Recreios da Amadora), a letra conta-nos histórias que todos reconhecem, a música fica no ouvido...
É para descobrir.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Parece que é parvo!!

Li esta semana na revista da última edição do Expresso, numa crónica que aborda vários temas actuais e a que normalmente gosto de dar uma vista de olhos, um artigo que me deixou estupefacta pela tamanha estupidez do autor.
O senhor queria de alguma forma mostrar o seu contentamento por o FCP (fê cê pê) ter ganho o campeonato, mas penso que fê-lo com uma falta de gosto incrível. Diz então este pseudo-intelectual que ficou muito chateado pela forma como os portistas tinham inundado a cidade "inbicta" para festejar mais um campeonato, normalmente marcado pela luta Norte/Sul ou Porto/Lisboa. Ora, segundo o autor, é evidente que o Porto, em relação a Lisboa, é melhor em tudo, no clima, na política (ou falta dela), na oferta cultural (porque os portuenses estão muito próximos de Londres e ainda mais próximos da Galiza) - quem diria que os portuenses são tão diligentes na procura cultural??? - e, portanto, esta demonstração de supremacia da nação portuense sobre o Sul é escusada, de tão evidente. Ainda diz mais, que só quando no Porto se festejar os campeonatos com a mesma naturalidade com que se ganha, ele se fará sócio do clube.
Eu até concordo com o senhor quando se insurge contra a forma pouco racional com que a generalidade (digo eu) dos adeptos de qualquer clube ou país comemoram as suas vitórias, até porque já me deixaram à beira de um ataque de "nerbos" quendo se lembraram de buzinar até às tantas da manhã... Agora, chamar bestas aos portuenses por isso, e depois incentivar ao bairrismo estúpido e inútil entre Norte e Sul, é ser besta ao quadrado!
No final de ler o dito artigo fiquei a pensar não nas boas razões que eu teria para dizer a esse senhor que Lisboa é, em tanta coisa, melhor que o Porto, mas sim naquilo que me apeteceria fazer a um palerma destes se o tivesse "à minha beira". Apesar de, confesso, primeiro ter pensando num bom par de estalos, a verdade é que nunca acreditei na violência para resolver coisa nenhuma, e a verdade é também que, quando cheguei à última linha desse artigo tinha a certeza que nunca mais ia querer ler nada duma pessoa com uma tal tacanhez de mente.
Assim, muito provavelmente, só me iria sair um típico "parece que é parvo!!"...

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Terceira ou décima-terceira?

Nestes últimos dias só ouvimos falar da decisão sobre a terceira travessia sobre o Tejo, se devia ser Chelas-Barreiro, se devia ser Beato-Montijo, se havia de ser túnel, ou se há-de ser estrutura de ferro, de aço, ou de betão, já para não falar da cor - que por acaso acho que ainda ninguém falou.
Não esquecendo que neste País decide-se primeiro e pensa-se nos problemas depois, num típico "logo se vê".
Sou sincera, não faço ideia sobre quem terá razão, por mim, até podia ser feita de cotonetes (porque não?... já há lustres feitos com tampões!), mas uma coisa eu sei: esta não é a terceira travessia sobre o Tejo!! Travessias sobre o Tejo já há mais que muitas ao longo do Tejo, mas, para variar, Lisboa é Lisboa e o resto é paisagem...
Pois, já sei que estou a ser demasiado minuciosa com pormenores que não são mais que uma interpretação de português, mas deixem-me falar de algo que ao menos perceba (já que não posso opiniar sobre o resto...).
Já agora, se há outra coisa de que estou ciente, é que uma dessas travesias sobre Tejo - a Salgueiro Maia - que eu tenho que passar todos os dias - não oferece as minímas condições de segurança, e isto numa ponte que foi inaugurada já em pleno séc. XXI. Assim que chove então, é ver lençois de água por todo o lado. Ainda por cima, verdade seja dita, já tenho dois despites no currículo, um por causa do gelo e outro por causa da chuva, "de maneiras" o receio que sinto será a triplicar em relação às restantes pessoas. Aliás, o mais certo é que se calhar a ponte até está é muito boa, eu que tenho a mania da perseguição ou sofro de uma asfalto-fobia qualquer...
Decididamnte, não percebo nada de pontes, mas se precisarem de uma ajudinha para escolher a cor da próxima já sabem!...

sexta-feira, 4 de abril de 2008

I am Sheeeeeraaa!!!

É impressionante como, quando eramos pequenos (e digo isto para os que nasceram no final da época de 70) nos contentávamos com os desenhos animados mais básicos que já alguma vez existiram.
A minha mãe diz que se alguma vez conseguia a paz suficiente para fazer alguma coisa, era nestes momentos. Duvido que alguma criança ou jovem adolescente de hoje ache a miníma piada a isto.
Não sei bem porquê, mas o He-man e a She-ra ficaram-me sempre na memória. Desconfio que em muitas vezes que brinquei ao "faz de conta", vesti o papel de She-ra, sobretudo porque estas personagens que encerram uma faceta secreta sempre me fascinaram.
Confesso que já vou na terceira visualização destes vídeos e ainda não me cansei... adoro aquele parte em que o cavalinho da She-ra ganha asas e fica todo colorido, também me faz lembrar "O meu pequeno pónei". Muito bom!! Digamos que o corte de cabelo do He-Man também não lhe fica muito atrás... Vou só dar mais uma espreitadela, já volto!...





quinta-feira, 3 de abril de 2008

Um dia ainda me vou arrepender de ser ateia...

Como todos os mortais, dou comigo a questionar o que existirá para além da morte, mas no meu caso o assunto é bastante mais grave, já que não acredito em nada. Então qual é o problema? O problema é que posso estar enganada!
Já viram o que me vai acontecer se depois de morrer dou de caras com o Deus dos católicos? É melhor ir já preparando um belo discurso para O convencer que eu sou apenas uma ovelha tresmalhada (e muito ranhosa no período da manhã, por sinal) do seu rebanho, e que, nos últimos momentos da minha vida me arrependi de tudo, até de não ter sido uma beata. Já estou a ver o Sr. Pedro a espreitar por trás do ombro dEle com ar curioso, cheio de misericórdia. De facto, acho que até tenho boas hipóteses de entrar no Céu! Deus deve ter casos bem mais drásticos que o meu, e diria bem mais graves também, até porque anda por aí muito boa gente dita católica ou cristã ou whatever que, se ainda não cometeu todos os sete (vou fazer de conta que só existem sete) pecados mortais, são continuamente repetentes em um ou dois. Portanto, como espero que Deus dirá, mais um, menos um...
Mas... e se em vez do Deus, me aparece um Buda? E se o Buda me diz que tenho que reencarnar num elefante que está para nascer em cativeiro, algures na Indía? Ou num daqueles escaravelhos que passam a vida e transportar bolinhas de bosta? O que eu que eu digo? O mais provável é gritar logo em seguida "eu não quero o Nirvana, só quero morrer sossegadinha"! Contra o Buda não tenho muitos trunfos... mato moscas sempre que posso (e outros bichos do género também) , nunca fiz meditação, desisti do Ioga, e já gozei várias vezes com as orelhas das estátuas que representam o Buda.
Ainda assim, acho que o pior será se me aparecer o Alà! Vai-me fazer questões do género "usa uma mão para comer, e a outra para a higiene pessoal?", "já participou em alguma guerra santa?", "faz jejum até à Páscoa?"... "Pois senhor Alá, não me lembro bem, acho que uso a mão que dá mais jeito...", "comprar gasolina pode ser considerado um contributo para a guerra santa, não?", "não janto, isso já é alguma coisa, não é?". Hum... não me parece que este alá seja tão misericordioso como o Deus cristão...
Bom bom, seria ir para o Olimpo! Isso sim, é que era vida para além da morte. Aquela família de Deuses cheios de poderes e com muitas intriguices pelo meio, para além de incestos e assassinatos, daria um bom entretenimento!
Mas enfim... seja o que Deus quiser!

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Gosto da Rita Redshoes!!!!

Acontece muitas vezes ouvirmos determinada música e ficarmos fascinados com a sua sonoridade ou com a própria voz do/s intérprete/s. Também acontece ouvirmos outras músicas do/a mesmo/a artista e torcermos o nariz, e nessas alturas arrependomo-nos de nos termos aventurado mais além... não teria sido melhor ficarmo-nos pela primeira impressão?
Quantas vezes não assistimos já a um aparecimento de um êxito estrondoso, "epá que musicão" "finalmente, algo novo", e logo de seguida a um anti-clímax (parece que esta palavra anda muito na moda, estava a ver que não conseguia usá-la algures por aqui, ufa!!), um revelar de mediocridade de que nos chegamos a envergonhar?
Acho que foi por isto acontecer-me tantas vezes que deixei de me "atirar de cabeça" quando falo nos meus gostos musicais.
Entretanto, deixei de ligar tanto a música como costumava, e entrei num período de paz. Que apareçam novas bandas cheias de boa música, eu cá não me atrevo a tentar descoibrir quais... não me vou a sujeitar a cair no conto do vigário novamente. Continuo a ouvir o que ouvia há 2 ou 3 anos atrás e acho-me muito intelectual por isso!
Só que existe uma coisa chamada rádio, e quando dou por mim já me apanharam novamente a querer descobrir mais qualquer coisinha sobre aquela ou a outra música. E "aquela ou a outra música" que tem tocado mais dentro da minha cabecinha ultimamente é "Dream on Girl" da Rita Redshoes... Fiquei maravilhada com esta voz! Mas que medo de desvendar mais!
Bastou depois ouvir uma vez "Hey Tom" (também por puro acaso) e pronto, gosto da Rita Redshoes!!!!
Por favor, avisem-me se estou enganada!





terça-feira, 1 de abril de 2008

A aluna, o telemóvel e a professora de Francês

Pelo título, até parece um conto para crianças, mas, como todos nós já sabemos, não se trata de nenhum conto e muito menos para crianças.
Apesar de já estar completamente enjoada deste assunto e de ver as imagens vezes sem conta (como a minha mãe diria "estou enjoada mas não vomito"), existe algo que me perturba no meio disto tudo... para elém do evidente, claro! E o que é o evidente aqui? Uma jovem completamente descontrolada que acaba por desrespeitar alguém mais velho, que por acaso até é sua professora. Mas, apesar de não aceitar uma atitude destas, até compreendo. Só quem não tem crises pré-menstruais é que não percebe uma coisa destas! Aquilo eram as hormonas ao rubro. Até eu de vez em quando sinto-me à beira de fazer algo totalmente insano, só não o chego a fazer porque não tenho uma dezena de pessoas atrás de mim a incentivar os meus desejos de violência.
E é isto que me assusta. Aqueles miúdos que não estavam nem descontrolados, nem em fase pré-menstrual e que intencionalmente quiseram levar uma situação, já por si grave, até às últimas consequências.
Faz-me lembrar um caso estudado nos meios da Psicologia: em plena cidade de Nova Iorque, uma mulher é alvo de tentativa de assalto. Tendo resistido, entra em luta com o seu atacante durante vários minutos. Durante este tempo várias pessoas vão-se aproximando. Nem uma se mexeu para a ajudar.
O ser humano, em conjunto, tanto é capaz de coisas extraordinárias, quanto abomináveis. E isto dá arrepios.

quinta-feira, 27 de março de 2008

E não votei PS!

E lá baixaram a Taxa de IVA.
Não quero entraram em discussões sobre se isto é bom, se é mau ou se mal se nota, e muito menos tentar perceber quem é que vai ganhar 1% no meio de isto tudo. O que me chateia é o facilitismo de discurso da oposição, que não sabe fazer mais que criticar.
Cometem precisamente o mesmo erro que serve de acusação ao governo: o de ir ao sabor da maré. Se o governo tem feito aquilo que se espera de um governo pós-eleitoral (subir impostos) e de um governo pré-eleitoral (baixar impostos), também a oposição tem feito aquilo que se espera de uma oposição... o dizer mal, seja daquilo que esteja mau, seja daquilo que esteja mais-ou-menos (bom nunca está!). Ora se a oposição acusa o governo de falta de coerência, só posso dizer que toda a oposição ainda menos coerência tem, porque o governo ainda tem a desculpa do desconhecimento do valor do défice na altura em que, perante proposta de vários partidos para baixar os impostos, recusou ir por esse caminho acrescentando a total falta de responsabilidade que seria.
E que desculpa têm os partidos para mudar de opinião de lá para cá? Há um mês o governo não queria baixar os impostos, e toda a oposição veio dizer que havia condições para baixar impostos e que seria uma carga fiscal enorme a sair dos ombros dos contribuintes, agora que o governo decidiu baixar 1% dizem que o governo só baixou por puro populismo. E já se esqueceram do que disseram quando o IVA passou de 19% para 21%? Que este acréscimo era insopurtável e blá blá blá? Agora 1 ponto percentual já não faz diferença?
Posso dizer que estou descontente com este governo, mas também posso dizer que não estou mais contente com a oposição. Chaga a ser irritante!
E não votei PS!

quarta-feira, 26 de março de 2008

E vimo-nos gregos...

Portugal vai jogar novamente com a Grécia, desta vez sem contar nada para coisa nenhuma. Mas conta muito no nosso orgulho! Então vem uma equipa que não joga um carapau, está sempre à defesa, no Euro jogou sempre encolhida, e zunga, toma lá disto que já vos lixámos, ó portuguesinhos dum raio!
Podem dizer "mas a Itália também joga à defesa e, para além de ser a campeã mundial, ninguém lhes põe o mérito em causa". Pois é, mas a Itália joga! Joga de igual para igual, dá a posse de bola ao adversário, é certo, mas nunca entrega o controlo do jogo. A Grécia joga sem saber muito bem o que esperar... ou melhor, joga à espera de cair nas boas graças dos deuses do Olimpo.
Eu até não sou das que ficam a remoer no final dos jogos, se ganhou muito bem, se não ganhou muito bem também e ainda tenho a satisfação de lhes chamar "tótós" umas quantas vezes. Mas bolas, acho que nunca mais descansamos enquanto Portugal não der uma daquelas "abadas" nestes gregos, de preferência sem caneladas pelo meio... hummm... isto faz-me lembrar que de facto, se há jogo em que somos bons é no do "atira para o chão a ver se marcam falta" e no "toma lá canelada que agora ninguém está a ver", jogos que dão sempre direito a cartões vermelhos pelo meio. Está bem, talvez pedir uma vitória esmagadora seja demais, seja... só peço que não se deixem enrolar na história dos gregos novamente!... Eles também já vão merecendo um cavalo de Tróia!

terça-feira, 18 de março de 2008

Jardim no oceano plantado (e ninguém o arranca)

O Alberto João faz 30 anos de governo regional, ou antes, de poder, porque a acção deste laranjinha a puxar para a cruz suástica já ultrapassa em muito os princípios de governabilidade democrática. E não consigo deixar de pensar que haverá uma relação directa entre este facto e o "ranking" do turismo sustentável estabelecido pela National Geographic Traveler, em que esta coloca os Açores em 2.º lugar enquanto a Madeira fica muito distante dos lugares cimeiros.
Ninguém me consegue convencer que esta revista não tomou em consideração o regime político existente nos várias destinos a concurso.
Ora vejamos, até para nós, portugueses do "contenente", é fácil de perceber essa preferência. Alguém se lembra de quem é o governador regional dos Açores? Eu, por exemplo, nem consigo lembrar-me se neste momento se é rosa ou laranja. O arquipélago dos Açores é um mundo, em todos os aspectos, por descobrir! Ao passo que, quando nos falam da Madeira... enfim... lá vêm memórias várias, sempre com esse semhor em grande plano. Uma pessoa perde logo a vontade...
Será só imbirração minha?

segunda-feira, 17 de março de 2008

Intimicies

«Qual a capital de Espanha, começada por "M"?»
Existem pormenores nas nossas relações com os outros que definem por si o grau de intimidade que cada uma dessas relações atinge. Talvez intimidade não seja o termo mais correcto, podemos falar de à vontade ou cumplicidade, os critérios aqui podem divergir, desde que não nos afastemos da ideia.
A questão que coloquei acima é uma das tais que sei que apenas uma pessoa (excepto o autor e alguns ouvintes mais atentos da piada e com um sentido de humor muito semelhante ao meu, o que não é fácil, até porque o meu sentido de humor é estupidamente errático) poderia responder acertadamente. E isso faz-me sentir mais próxima dessa pessoa, nesse momento, do que em qualquer outra altura. Deixem-se dessas coisas do "estar quando é preciso" e do "acompanhar nos momentos difíceis". Não há nada mais reconfortante do que a sensação de que nos comprendem no momento mais aparvalhado da nossa existência! Saber que aquele pequeno pormenor foi partilhado com alguém que valoriza aquele não sei o quê desprovido de sentido, mas que inunda todos os sentidos.
«Resposta: "Marcelona!"»

sexta-feira, 14 de março de 2008

"Debut"

No outro dia pensei... minto, já por várias vezes dei comigo a pensar... enfim, penso muitas vezes se terei alguma espécie de "debut". Sei lá, algo esplendoroso que tivesse servido como introdução a algo continuado ainda mais esplendoroso. Em resumo, será que já fiz algo de que me posso verdadeiramente orgulhar?
Há falta de algo melhor, acabo sempre por tentar me virar para a minha capacidade "estundantil". Acabei um curso, é certo, mas para além disso não ser nada de extraordinário (há milhares de pessoas que acabam um curso e com melhor prestação que a minha), isso também não me serviu de introdução a nada.
Como é óbvio, nunca fiz nada que merece-se a calatogação de "debut". Mas bolas, tem que haver algo de especial! O que é que há em mim de tão singular que me torne única?
Sei que sou extremamente exigente (leia-se refilona) com os outros, mas que eu saiba essa "capacidade de embirrar por tudo e por nada" não serve de pré-requisito para nenhuma actividade e muito menos para se ser alguém na vida.
Há algo de que realmente me orgulho: o ser confiável. Sou um verdadeiro "poço sem fundo!". Mas de que me poderia servir isso na vida? Quanto muito, poderiam tranformar-me num género base de dados secreta móvel do FBI ou coisa parecida, mas depois ia a ter à perna as Al-Qaedas e afins, e eu, à miníma ameaça de tortura, tornava-me uma desbocada!
Também já tentei enverdar pela carreira artística, acabei mesmo por comprar uma viola e apetrechos necessários para me tornar uma "song-writer", com tiques de filósofa. Ainda estou para ganhar calos nos dedos...
Talvez pensar num "debut" seja demasiado para quem leva uma vida simplória como a minha... vou continuar à espera...

quinta-feira, 13 de março de 2008

Viver com que espírito?

A todos nós nos espera esta difícil tarefa: viver.
E já lá dizia o outro (se não era o James Dean, era um com espírito de James Dean com certeza), que o que interessa é como se vive e não o tempo que vivemos. Mas para isso (viver a vida!) será necessário ter um certo espírito, não?... digo eu...
Aquele espírito de quem nada teme e, sobretudo nos dias que correm, nada deve. Um espírito que nos obriga a acordar com o optimismo doentio de que tudo neste dia irá correr bem.
A mim, só me apetecia dormir até não haver amanhã, o que, segundo dizem, não deve faltar muito... portanto, o melhor que há a fazer é começar a dormir já! Assim, enquanto toda a gente anda à procura da felicidade ou seja lá o que for que temos que fazer na vida para nos sentirmos realizados (porque se não houver realização pessoal, profissional, social, cultural, sexual - esta é que acaba comigo - e já agora familiar, porque a família é tudo, somos uns coitadinhos), já eu estou no zénite espiritual (é verdade, também temos que nos realizar espiritualmente!!!!).
E eu iria perder todas as coisas boas na vida por isso? Claro! O cérebro humano, graças a Deus (ou talvez não) é estupendo, e o meu graças a Deus (ou talvez não) é muito fértil em imaginação. Não me admiro nada que ele (o cérebro e não o Deus) me proporcionasse umas belas imagens, do género três pôres-do-sol ao mesmo tempo, ou que me apresentasse ao arcanjo S. Miguel mais o seu séquito de anjinhos assexuados, ou uma coisa do género. E não tenho dúvidas que o meu cérebro iria providenciar descarcagas de serotonina em super-doses para me sentir muito feliz!
Melhor Happy Ending que este não há!