terça-feira, 1 de abril de 2008

A aluna, o telemóvel e a professora de Francês

Pelo título, até parece um conto para crianças, mas, como todos nós já sabemos, não se trata de nenhum conto e muito menos para crianças.
Apesar de já estar completamente enjoada deste assunto e de ver as imagens vezes sem conta (como a minha mãe diria "estou enjoada mas não vomito"), existe algo que me perturba no meio disto tudo... para elém do evidente, claro! E o que é o evidente aqui? Uma jovem completamente descontrolada que acaba por desrespeitar alguém mais velho, que por acaso até é sua professora. Mas, apesar de não aceitar uma atitude destas, até compreendo. Só quem não tem crises pré-menstruais é que não percebe uma coisa destas! Aquilo eram as hormonas ao rubro. Até eu de vez em quando sinto-me à beira de fazer algo totalmente insano, só não o chego a fazer porque não tenho uma dezena de pessoas atrás de mim a incentivar os meus desejos de violência.
E é isto que me assusta. Aqueles miúdos que não estavam nem descontrolados, nem em fase pré-menstrual e que intencionalmente quiseram levar uma situação, já por si grave, até às últimas consequências.
Faz-me lembrar um caso estudado nos meios da Psicologia: em plena cidade de Nova Iorque, uma mulher é alvo de tentativa de assalto. Tendo resistido, entra em luta com o seu atacante durante vários minutos. Durante este tempo várias pessoas vão-se aproximando. Nem uma se mexeu para a ajudar.
O ser humano, em conjunto, tanto é capaz de coisas extraordinárias, quanto abomináveis. E isto dá arrepios.

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