segunda-feira, 22 de junho de 2009

Transparências

Às vezes é preciso fazer alguma coisa, nem que seja mudar a cor da alma. Com ela vêm os sons dos sonhos, o cheiro das nossas profundezas, o querer de que nunca soubemos. E a dança começa.
As estrelas sobem e eu vejo-as a repetir aquele batimento. Sempre o mesmo. O meu é que está diferente... e agora é a Lua que me olha com aquela face, a única que tem e a única que alguma vez avistarei. Mas já não quero saber porque não preciso de ver a tua outra face para saber que posso mergulhar sem medo. Alguém me há-de apanhar. Estou em paz no meu desassossego, esse que nunca me deixa, esse que me acompanha nas horas infindáveis do amargo ócio.
Às vezes é preciso mudar a cor da alma, mesmo que esta fique transparente.

1 comentário:

XII disse...

Acho que é melhor ir aos outros teus posts comentar as cores!!!...